segunda-feira, 20 de maio de 2013

Entrando numa fria

Hoje, dia 20 de maio, acordamos as 6:30h de novo. Já está virando rotina acordar de madruga.

Tomamos nosso café da manhã, pegamos nossos lanchinhos e ficamos esperando o ônibus nos buscar no hotel.



O passeio hoje será sobre o gelo, faremos o mini trekkiing. Enquanto esperávamos pelo ônibus, e como não tinha feito ainda, aproveitei para tirar uma foto da frente do hotel.






O ônibus chegou. Embarcamos e fomos tentando cochilar. Eu não consigo dormir nos ônibus, pois sinto dores no pescoço quando faço isso.

Pegamos a estrada e em uns 30 minutos estávamos dentro do Parque Nacional dos Glaciares. A paisagem continua deslumbrante. Houve uma parada para fotos.






Chegamos em um porto. Desta vez, da empresa concessionária Hielo & Aventura. Subimos ao barco e fomos rumo ao colossal glaciar Perito Moreno. No trajeto até aqui, o guia veio explicando sobre os glaciares, sobre o Brazo Rico, um braço do Lago Argentino, por onde chegaríamos ao Perito Moreno pelo lado sul. Ontem, a navegação foi pelo lado norte. O mini trekking seria feito em cima deste imenso glaciar.








Estes barcos eram mais simples e  menores que os de ontem, mas o que importava é que eles nos levassem do outro lado do lago.




Chegamos ao outro lado do Lago Argentino e uma equipe de guias da Hielo & Aventura nos recepcionou. Nos deram as primeiras instruções: mulheres grávidas, alguém que tivesse problema de coração, marcapasso, ou algum problema de saúde mais grave, não poderiam fazer o passeio.

Nos mostraram o refúgio, uma cabana bem estruturada ao lado do glaciar. Neste local, havia mesas para lancharmos após o passeio, banheiros e ali ficariam os lanches e as coisas que quiséssemos deixar para que a caminhada sobre o gelo fosse a mais agradável possível. Os guias pediram que fôssemos rapidamente deixar as coisas e iniciar a caminhada, que tirássemos fotos na volta.

Começamos a trilha, bem suave em uma passarela de madeira. Tudo muito lindo, em meio a um bosque e com o Perito Moreno ao nosso lado. O grandão é realmente imponente. Em suas partes mais altas mede até 70 metros a partir da água e, por baixo dela, até 100 metros.




 Fomos caminhando e várias fotos foram sendo tiradas. É impossível deixar a máquina fotográfica no bolso.
 
 
O guia parou em um local na praia onde havia uma lousa com mapas e fotografias. Nos explicou mais sobre o glaciar e o caminho que faríamos sobre o gelo. O sol estava raiando por trás da montanha.
 



Continuamos a caminhar, ainda por terra. Mais fotos, rsrs.
 






Estávamos a uns cem metros do glaciar. Nesta plaquinha de aviso aí em cima, diz que, quando os fragmentos do glaciar se desprendem e caem na água, eles podem chegar até ali. A ordem era para que não ultrapassássemos este ponto.

Este aí era o nosso guia, Jorge.


Chegamos a umas cabaninhas, onde colocamos os grampones nos pés, equipamento necessário para caminhar no gelo.




A turma que veio no nosso barco foi dividida em 3 grupos de 16 pessoas. Isso é feito para o conforto do passeio e também por segurança. Ficamos no grupo 1, pois gostamos do guia que nos recepcionou, Jorge. Junto conosco vieram mais 2 guias, uma menina e outro rapaz. Eles nos acompanharam o tempo todo para nos auxiliar. Explicaram a técnica de como utilizar os grampones e lá fomos nós.






Só a experiência de estar perto do imenso glaciar já era incrível. A de estar em cima dele, eu nem tenho como descrever, só mesmo por fotos.

Logo no início, Célia ficou com muito medo, os velhinhos que estavam no grupo foram andando e nos deixando para trás. Jorge tinha avisado que íamos até um ponto para fazer uma experiência com o grupo, caso alguém quisesse voltar teria que ser daquele ponto.












Logo Célia foi se acostumando e continuamos o passeio pelo gelo. O segredo da utilização dos grampones, era deixar os pés afastados um do outro, na direção dos ombros, dar passos curtos e firmes no gelo, como se estivéssemos matando baratas, e também não pisar em níveis inclinados com os pés de lado, pois poderia acontecer um acidente e romper os tendões.

Chegamos ao ponto de experimento e ninguém quis voltar. Um senhor enroscou um pé no outro e tomou um tombo no gelo, foi de leve mas a câmera dele veio parar nos meus pés. Ele não se machucou, se levantou e prosseguimos.












  
Célia ainda tinha medo nas descidas, ia bem devagarzinho, eu a ajudava e os guias também.

A paisagem é espetacular, talvez o lugar mais bonito que já vi na vida. Havia lagunas no meio do gelo, sumidouros, que se cair ali, já era. Podíamos ver a água passando por de baixo do gelo. Houve um momento em que os três grupos estavam no glaciar.





Andamos por vários trechos do glaciar, um mais lindo que o outro.




Um dos guias demonstrou como se faz uma escalada no gelo, dentro de um buraco de uns 8 metros de profundidade mais ou menos.





O passeio foi mágico. E, para finalizar com chave de ouro, já preparada no meio do glaciar, uma mesinha com 2 litros de whiskye, vários copos e uns alfajores, tudo incluso no pacote. O gelo que "temperava" o whiskye, claro, foi coletado do próprio glaciar.





Após o drink, descemos, tiramos os grampones dos pés e voltamos pela trilha até o refúgio para almoçarmos ao lado do Perito Moreno, apreciando sua beleza.








O barco chegou no tempo certo. Logo após tomarmos um cafezinho preto que havia no refúgio. Embarcamos e fomos embora passando bem pertinho do glaciar.











Alguém pensou que o passeio terminaria aqui? Quem pensou isso se enganou. Entramos no ônibus novamente e nos dirigimos para as passarelas, para ver o glaciar Perito Moreno de todos os ângulos.

No próximo post, contarei como foi a visita pelas passarelas.

Um comentário:

  1. Lindo, lindo.....to com inveja,rsrsrs,no bom sentido.Palmer

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