quarta-feira, 8 de maio de 2013

Parque Nacional Tierra del Fuego

O Parque Nacional Tierra del Fuego foi criado em 1960, com o objetivo de proteger a porção mais austral de bosques subantárticos e o Canal Beagle. A sua superfície total é de 63.000 hectares.
 
Na van, encontramos com um jovem brasileiro palmeirense, viajante solitário que se chamava Giovanni e um casal de senhores russos. Descobrimos isso quando o guia perguntou nossos nomes e de onde vínhamos, para fazer o entrosamento da turma.

Quando ouvi que o casal era da Rússia, logo me virei e disse: priviet!

A resposta foi positiva e os risos terminaram de fazer a aproximação de todos.

Fomos todos conversando e decidimos fazer as trilhas juntos.

Existem várias trilhas para fazer caminhadas. Algumas bem longas, outras curtinhas, outras médias.

A van nos deixou no ponto mais austral do parque. A trilha da Bahia de La Pataia.




Desta trilha, caminhamos em direção ao Mirador Lapataia, a vista é incrivelmente exuberante.



Depois da vista maravilhosa, nos dirigimos para a trilha da Laguna Negra e da Castoreira. A caminho destes locais, encontramos um cara, com os braços esticados para cima e segurando um aparelho. Perguntei se era um equipamento de bateria solar, pois minha câmera estava com a bateria quase no fim e eu poderia pedir a ele que a carregasse.

Ele respondeu que era um GPS e que estava demarcando as trilhas, pois haverá um grande evento de corrida somente para brasileiros, de nome "Mountain Do Ushuaia" e que ocorrerá no ano que vem.
Logo o GPS achou o sinal e o cara saiu correndo, literalmente.

Continuamos nossa caminhada e achamos a Laguna Negra,  um turbal.

E o que é um turbal?

São restos de vegetação, como musgos e gramíneas acumulados e comprimidos que, por causa das características da região (umidade, temperatura, acidez do solo, etc…), a matéria orgânica leva muito mais tempo pra se decompor e, como escrito no parque, é um livro de história botânica a céu aberto.



 Retornamos à trilha e encontramos com o casal russo, que havia ficado para trás.






Desta vez, fomos em direção à Castoreira. Um local onde os castores roem as árvores até as derrubarem, para construírem seus diques. Andamos mais ou menos uns 20 minutos pela trilha principal e não encontramos a Castoreira.

Decidimos retornar e continuar a trilha. Eu e Célia havíamos comprado algumas empanadas no dia anterior, como a fome apertava, decidimos compartilhar com todos, foi uma empanada para cada um, pois havíamos compartilhado uma com a cadelinha e seus filhotinhos na estação de trem.

Fomos em direção agora, à Laguna Verde, um local descampado, à beira rio, próprio para camping.





Os montes nevados sempre lá, nos acompanhando.

Encontramos com três raposas pelo caminho. Elas são mansinhas e vêm bem pertinho de nós, atrás de comida é claro.








Nossa trilha estava acabando após 4 horas de caminhada e contemplação. Nos dirigimos para o ponto de encontro onde a van nos pegaria.

De longe avistamos uma grande casa, fomos até lá. Era um restaurante e junto as instalações da administração do parque.

Para nosso desespero, o restaurante estava fechado. Estávamos doidos por um chocolate quente.

Olhando a vista lá de cima da varanda deste restaurante, Jorge, o russo, avistou uma fumaça. pensamos, onde há fumaça há fogo, onde há fogo, há chocolate quente.


Lá fomos nós andar mais um quilômetro mais ou menos.


Na verdade o ponto de encontro era mesmo neste local. Estava aberto e pedimos pedaços de torta e chocolate para todos, Giovanni tomou café e Célia comeu churros.





Confirmamos que a van nos pegaria ali mesmo e esperamos, mais ou menos 15 minutos a van chegou, neste meio tempo, começou a tocar no rádio Tribalistas.

Todos satisfeitíssimos com o passeio, que durou o dia todo, fomos deixados pela van no centro da cidade.

Eu e Célia fomos a uma farmácia comprar algum remédio para inflamação de garganta. Cheguei ao balconista da farmácia e perguntei se ele poderia me receitar algum remédio para esta enfermidade. Disse também que no Brasil, havia um remédio muito bom que se chamava Colubiazol mas que estava proibido, para minha surpresa ele disse que tinha. Pedi logo um contêiner! rsrsr.

Remédio comprado, ficamos fazendo hora, vimos um protesto de docentes em frente à câmara municipal e outro protesto de bombeiros em frente à prefeitura.

Decidimos ir comer algo, procuramos pelo restaurante da Tia Elvira mas estava fechado, viramos a esquina e achamos outro restaurante bem simpático e decidimos entrar.

 
O nome do restaurante é Quénos Restó, é de um chef e seu filho, também chef. Eles abriram o restaurante em janeiro deste ano. Guillermo, o dono, é um cara muito simpático. Ele nos ajudou, quando viu que a bateria da minha máquina fotográfica estava acabada. Ofereceu para recarregá-la com um recarregador universal que ele possuía Guillermo estava com seu neto Jeremias.

Pedimos uma quilmes para molhar a garganta e uma centolla de entrada, um caranguejo gigante. Muito boa sua carne, acompanhada de molhos e limão.
 

 Para o prato principal, decidimos pedir carneiro, que também é típico da região. Fomos felizes nas escolhas pois os dois pratos eram deliciosos.


Depois deste dia bem proveitoso, fomos caminhando mais uns 15 minutos até nossa cabana.

Amanhã será Lago escondido e Lago Fagnano.

2 comentários:

  1. Nada como uma boa comida, depois desses passeio.Vcs sabem fazer viagens, um dia quero ir com vcs, posso ?Bjos Palmer

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  2. Quando escrevo neste blog, estou tão emocionada, por me sentir perto de vcs, que mal dou conta dos erros que escrevo.Quando meus comentários são publicados, vejo as asneiras que escrevo.......Coisas de Palmer, rsrs.

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